A ESPN deu-nos a série-documentário de dez episódios Last Dance e o último título de Michael Jordan e dos Chicago Bulls em 1998. Mas o canal tinha outro trunfo na manga: Last Lance, o biópico de duas partes sobre Lance Armstrong.
É o que tem agora para ver neste fim de semana se continua de ressaca do desporto que teima em não regressar.
Agora, a câmara de Marina Zenovich cai em cima da ascensão e queda de um ídolo. Mostra-nos o fim inglório da carreira do ciclista texano, que perdeu todos os títulos e foi banido do ciclismo para sempre.
Ver onde? ESPN e no ESPN App
“I’m going to tell you my truth”. Agora, Armstrong conta a sua verdade. São dois capítulos de uma vida marcada pelo abuso na infância e uma feroz competitividade em adulto.
The most heroic and villainous sports figures in modern American history
Armstrong volta a encarar as câmaras 7 anos após a sua famosa confissão de doping numa entrevista a Oprah Winfrey.
Zenovich faz oito entrevistas ao ciclista, realizadas entre 2018 e 2019, e aí Armstrong mostra já algumas discrepâncias daquilo que contou a Oprah. Como o seu início no doping: não foi em 1996 mas quatro anos antes.
“É um milagre eu não ser um assassino”. A frase poderosa refere-se à infância, à mãe Linda e ao padrasto Terry Armstrong.
“Ele não seria o campeão que é hoje sem mim, porque fui eu que o orientei. Orientei-o como um animal. Mas não o abracei o suficiente e nem lhe disse que o amava”, confessa Terry, admitindo que o espancava.
Depois a carreira, os títulos e o Tour de França e os sete triunfos em Paris. “A única forma de alguém se dopar e ser honesto é se ninguém fizer perguntas. Quando perguntam, nós mentimos. Todos mentimos”, diz um Lance de confronto. “Não mudaria nada”.