A Holanda passou facilmente por cima dos EUA para chegar aos quartos-de-final.

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O que quer dizer que teremos um Holanda-Argentina na sexta-feira para decidir quem passa às meias-finais (já que os argentinos também ultrapassaram nas calmas a Austrália).

E isso (um Holanda-Argentina) traz-nos à memória duas coisas: a final do Mundial 78 e os quartos-de-final do Mundial 98.

 

 

20 anos: dois sabores distintos

Vinte anos separam os dois Mundiais de 78 e 98.

O Mundial da Argentina, ganho pelos argentinos à Holanda de forma dramática numa final com prolongamento (e golos de Mario Kempes e Daniel Bertoni no tempo extra 3-1).

E o Campeonato do Mundo dos EUA, quando opôs a seleção sul-americana à europeia na disputa pela meia-final e que foi selado com um golo aos 89 minutos de Dennis Bergkamp (2-1).

 

Três dentadas e o penálti de 2010 depois o Gana vingou-se de Suárez (e do Uruguai)

 

A ditadura de Videla

No primeiro título ganho pela Argentina (Maradona havia de acrescentar mais um à história argentina em 1986) houve de tudo: uma diatura do general Videla, um estádio Monumental à pinha, milhões de serpentinas no relvado e vitória da equipa da casa.

 

Bergkamp e o melhor golo de sempre da Premier League: “Claro que foi intencional”

 

Morreu ali no relvado uma das melhores gerações do futebol holandês (sem Cruijff mas com Neeskens, Rep ou Rensenbrink.

A vingança serviu-se duas décadas depois.

 

 

O grito

Em 1998, a Holanda enfrentava, tal como agora, a Argentina nos quartos-de-final.

Sem Kempres nem Maradona, mas com Simeone, Verón ou Batistuta, o Vélodrome em Marselha assistiu a um dos melhores jogos do Mundial.

Com Davids, os irmãos Boer, Kluivert e Bergkamp a Holanda marcou primeiro (por Kluivert), sofreu a seguir (Claudio López) e marcou aos 89 minutos (por Bergkamp).

É aqui que entra o comentador Jack van Gelder, o seu grito e um Bergkamp estendido no chão.