Tal como as férias de Verão, o US Open aproxima-se do fim.
É triste, mas não deixa de ser um entusiasmo queimar estes últimos cartuchos e logo numa edição tão particular quanto esta.
Depois de na tarde desta terça e na última madrugada Daniil Medvedev e Auger-Aliassime no quadro masculino, Leylah Annie Fernandez e Sabalenka, no quadro feminino, terem garantido os primeiros bilhetes para as meias-finais — onde vão disputar o acesso à final entre si —, ficam a faltar jogar-se os últimos dois encontros dos quartos-de-final.
Alcaraz deu o berro: desistiu durante o encontro com Auger-Aliassime.
Vamos Emma
Esta quarta-feira, no campo das senhoras, a jovem britânica Emma Raducanu quer dar seguimento ao seu percurso de sonho neste major nova-iorquino diante da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Belinda Bencic.
Depois de vencer Shelby Rogers por expressos 6-2, 6-1, ao cabo de apenas 65 minutos de encontro, Raducanu, que ainda não perdeu nenhum set neste US Open — e convém acrescentar que disputou três jogos na qualificação antes de aterrar na primeira ronda —, enfrenta um teste de um grau de dificuldade bem superior.
Do outro lado do court vai estar uma das tenistas mais em forma no circuito WTA e pera doce não será, seguramente.
Aconteça o que acontecer, a britânica tem já a estatística incrível de ser a terceira qualifier a chegar aos quartos-de-final do US Open — depois de Barbara Genken em 1981 e de Kaia Kanepi em 2017.
Expectativa em alta
O outro jogo dos quartos-de-final femininos também deixa água na boca.
Karolina Pliskova e Maria Sakkari medem forças no Artur Ashe Stadium.
Pliskova tem estado a jogar a um nível elevadíssimo, que andava invisível há uns tempos valentes.
O único jogo em a derrota esteve perto foi diante de Animisova na segunda ronda, mas até aí soube aplicar a sua experiência e sair por cima.
Na última ronda eliminou Pavlyunchenkova em dois sets sem grande história (7-5, 6-4).
A grega vem de um encontro tremendo diante de Bianca Andreescu, onde esteve à beira da despedida de Nova Iorque.
Mas soube cerrar o punho, movimento que tanto a caracteriza, e fechar o encontro no terceiro set. Se vencer a checa repete as meias-finais alcançadas em Roland Garros — feito que não deixaria de representar uma bela temporada para Sakkari.
Quem pára Zverev?
Viremos atenções para os homens. Quem pára Zverev parece ser a questão do momento.
O primeiro dos embates dos quartos-de-final coloca o alemão de um lado da rede e Lloyd Harris do outro.
Para aqui chegar, o sul-africano começou por vencer Karen Khachanov em cinco parciais, depois Escobedo, Shapovalov e na última ronda conseguiu escapar ao letal serviço de Jannik Sinner.
E agora?
Pois… E agora a coisa pia de outra forma, certamente.
Seria uma surpresa de todo o tamanho que Sasha Zverev não vencesse Harris de forma relativamente tranquila.
Um dos jogos mais aguardados
Mas há mais. E que mais. Novak Djokovic vs Matteo Berrettini.
Provavelmente, um dos jogos mais aguardados do torneio, sobretudo tendo em conta a forma recente do italiano e a relativa dificuldade do sérvio em bater alguns dos adversários anteriores — basta pensar que a derrota no primeiro set com Brooksby por 6-1 foi apenas a quinta vez que o número um mundial perdeu um primeiro set por 6-1 ou 6-0
- Safin, Verdasco, Wawrinka e Nadal foram os tenistas que conseguiram atingir tal feito
Uma coisa parece certa: todos queremos uma meia-final entre Djokovic e Zverev.
E Berrettini parece o único com capacidade para impedir tal desejo.