Porto vs Benfica
2.75 – 2.95 – 2.40

Braga vs Sporting
2.25 – 3.05 – 2.85

É final a 4 da taça da Liga. Agora com as quatro melhores equipas em Portugal.

Benfica

A equipa, agora de Bruno Lage, chega à final 4 ainda em processo de mudança táctica.

Sem tempo para trabalhar, o crescimento no modelo e a passagem do 433 para o 442 tem sido trabalhado sobretudo por vídeo e, como tal, embora haja conhecimento, falta trabalho de rotina em cima das ideias.

Embora Lage acentue um lado estratégico do jogo, e prepare a sua equipa tacticamente ao pormenor para cada confronto, ter de enfrentar o Porto é uma desvantagem ao crescimento colectivo do Benfica.

 

 

É, contudo, actualmente uma equipa capaz de se organizar defensivamente, fechar espaços sem se precipitar nas saídas para pressionar e dá primazia a um jogo que não expõe a sua baliza quando não está em posse. Com bola, percebe-se as novas entradas pelo corredor central, onde coloca João Felix próximo de Pizzi para alimentarem as rupturas de um ponta de lança.

Se passar a meia final torna-se favorito ao título. Mas não o é no jogo contra um Porto com processos consolidados.

 

Porto

A equipa de Sérgio Conceição parte como favorita ao triunfo na prova. Porém, o ascendente do seu modelo não é garantia alguma de triunfos numa prova a eliminar.

O 442 que encurta espaços, e as características dos seus jogadores, todos com grande compleição física e de passada larga, traduzem-se numa competência defensiva que coloca a equipa de Sérgio à frente dos rivais.

 

 

É uma equipa com pouca criatividade em ataque posicional e que sente por isso dificuldades no seu processo de criação quando o adversário lhe entrega a iniciativa e controla os espaços no último terço.

Traços colectivos e o exacerbar de uma estratégia que visa mais do que tudo proteger a sua própria baliza fazem antever confrontos com poucos ou nenhuns golos e decisões nos pontapés da marca de grande penalidade.

 

Braga

A equipa de Abel recebe a competição e o factor casa torna desde logo os arsenalistas uns sérios candidatos ao troféu.

Porque em cima do factor casa há competência, pois claro. Abel guia a equipa com o modelo mais vincado do ponto de vista colectivo, da realidade nacional, e à identidade de excelência, tem a capacidade para adaptar pequenos pontos estratégicos para fazer face aos pontos fortes dos adversários.

 

 

Em Organização Defensiva parte de um 442 e, aos bons princípios colectivos, junta uma mentalidade muito forte que permite a cada uma das suas individualidades estar concentrada e disponível para tais momentos, mesmo que seja uma equipa predominantemente ofensiva.

No ataque, o Braga desdobra-se num 343 com o adiantar de um dos laterais (Sequeira à esquerda), e coloca Horta e Paulinho ou Wilson Eduardo nas costas do poderoso Dyego.

A equipa arsenalista tem soluções variadas em posse. Seja a entrada em criação pelo corredor central nos espaços entre sectores adversários, seja a exploração de Dyego Sousa, quer na profundidade quer na resposta a cruzamentos.

O ponta de lança da equipa do Minho tem condições para ser a grande figura da final 4.

 

Sporting

Marcel Keizer surge na final 4 como o treinador menos experiente na realidade nacional e tal pode ser uma desvantagem para os leões, embora o holandês tenha já demonstrado que também sabe o que é necessário para fechar uma partida em Organização Defensiva.

O modelo leonino continua em crescendo e tem mostrado as maiores virtudes no momento com bola, pela paciência com que já faz mover a oposição enquanto procura criar e não recrear com bola.

 

 

A presença de Bas Dost para responder aos cruzamentos nas zonas de finalização e de Bruno Fernandes, jogador tremendo na zona de criação, que ele próprio transforma em finalização com imensa facilidade, fazem do Sporting uma equipa capaz de resolver ofensivamente a cada instante.

É defensivamente que surgem as maiores dúvidas. Em Braga sofrerá bastante defensivamente. Quer na meia final quer na final se lá conseguir chegar. Manter a baliza inviolável parece tarefa não possível aos leões na ida ao Minho.