O golo de Kanjana Sung-Ngoen não valeu nada. Ou valeu?
A Tailândia tem 18 golos sofridos em 2 jogos – sofreu 13 no primeiro jogo contra os EUA na pior derrota de sempre em Mundiais. E sofreu 5 da Suécia. Marcou 1 quando estava 4-0 e as tailandesas festejaram o golo de Kanjana Sung-Ngoen.
E choraram.
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O golo de Sung-Ngoen pode ser o único da Tailândia neste Mundial, mas foi um grito contra as favoritas EUA, França, Brasil, Alemanha, Noruega.
E um grito de atenção.
O campeonato Mundial Feminino está a decorrer em França até dia 7 de Julho e desta vez são as mulheres a dar que falar e a quererem deixar a sua marca no mundo do futebol, que muitos ainda vêm como um mundo predominantemente masculino.
Hoje às 20h00
Fase de grupos
Itália vs Brasil
3.10 – 3.35 – 2.35
Mas os paradigmas estão a mudar.
Calma, já lá vamos, primeiro dentro de campo.
Os EUA estão no grupo F, juntamente com a Suécia, o Chile e a Tailândia. No passado dia 11 de Junho foram responsáveis pela maior goleada de todos os tempos na competição contra a Tailândia e a sua atleta Alex Morgan marcou 5 dos 13 golos do encontro.
Depois carimbaram a passagem aos oitavos de final ao vencerem o Chile 3-0, ou seja, em 2 jogos, marcaram 16 golos e não sofreram nenhum. Estão no bom caminho miúdas.
O último jogo da fase de grupos é quinta-feira, contra a Suécia, que também ganhou os dois primeiros encontros. Quem levar os 3 pontos fica com o primeiro lugar do grupo.
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— Team USA (@TeamUSA) June 16, 2019
A miúda-sensação da equipa americana é Alexandra Patricia Morgan Carrasco, ou Alex Morgan para as amigas, está a jogar o seu terceiro mundial, tem 29 anos, é licenciada em ciências políticas e neste momento é a melhor marcadora do campeonato mundial feminino.
Foi considerada pela revista Time como uma das 100 mulheres mais influentes de 2018 e está no apogeu da sua carreira.
Nos outros grupos, a França joga em casa e é outra das favoritas. Venceu o Grupo A, com mais 3 pontos que a Noruega.
Grupo A
1.º França 9
2.º Noruega 6
Nigéria 3
Coreia do Sul 0
Além da França e Noruega, já qualificadas para os oitavos de final, estão a Alemanha e a Espanha.
As duas seleções fecharam o grupo nos dois primeiros lugares.
Grupo B
1.º Alemanha 9
2.º Espanha 4
3.º China 4
4.º África do Sul
Em aberto está o Grupo C. Itália, Brasil e Austrália estão na luta – e as italianas, apesar de estarem na frente, defrontam as brasileiras e a coisa pode descambar.
Grupo C
1.º Itália 6
2.º Brasil 3
3.º Austrália 3
4.º Jamaica 0
Inglaterra, Japão e Argentina tentam a sua sorte. As inglesas medem forças com as japonesas enquanto as argentinas têm de vencer as escocesas se quiserem continuar na prova.
Grupo D
1.º Inglaterra 6
2.º Japão 4
3.º Argentina 1
4.º Escócia 0
Holanda e Canadá já estão apuradas, só falta definir os lugares. Defrontam-se as duas na última jornada.
Grupo E
1.º Holanda 6
2.º Canadá 6
3.º Camarẽs 0
4.º Nova Zelândia 0
A luta fora das 4 linhas (ainda o grito de Sung-Ngoen)
Num mundial que é muito mais que um jogo de 90 minutos, em que se fala de igualdade do género na modalidade e na disparidade dos vencimentos auferidos por homens e mulheres.
Para 28 atletas americanas a competição começou muito antes de 7 de Junho.
A primeira cartada foi dada a 8 de Março, dia da Mulher, quando foi entregue uma acção judicial no tribunal de Los Angeles contra a federação de futebol americana por descriminação do género, em que realçavam que ganham apenas 38% do que os homens ganham, não têm grande parte das ajudas e das acomodações, dos prémios e dos patrocínios.
Agravando o facto da selecção feminina nos EUA ter tanta ou mais reputação que a masculina e ser responsável por ter ganho 3 mundiais
1991 – 1999 – 2015
É aqui que volta a entrar Morgan, a atleta estava na linha da frente na entrega da acção judicial, luta pela igualdade e pela melhoria das condições, é contra as políticas de imigração de Trump, e afirmou que se revalidarem o título de campeãs do mundo não irá a qualquer homenagem na Casa Branca.
Haja genica e pêlo na venta.
É altura de mudar e de todos serem tratados por igual.
«Sentimos a responsabilidade não apenas de defender o que sabemos que merecemos como atletas, mas também pelo que sabemos que é certo – em nome das nossas companheiras de equipa, futuras colegas de equipa, atletas do sexo feminino e mulheres em todo o mundo», diz a futebolista americana Megan Rapinoe
https://www.instagram.com/p/Byxepw8FM8W/
Deixamos aqui o bailarico dos 13 golos, para vos deixarmos de olhos em bico.