Afinal o cruzamento de Roberto Carlos foi mal feito e o golo à meia volta na final da Champions em 2002 contra o Bayer é irrepetível.
Foi uma das várias confissões de Zidane no dia dos 50 anos ao L’Équipe – o jornal francês até permitiu uma coisa rara que foi alterar o seu logo na capa para escrever ZINÉDINE.
O francês falou de alguns momentos marcantes na sua carreira (como sabemos teve vários) e não esqueceu um dos golos mais belos do futebol tem uma explicação.
O golo à meia volta
«O mais belo, não sei, embora possa ser. Eu precisava de ganhar a minha primeira Liga dos Campeões e ser decisivo para o Real Madrid numa grande final. Começou com um mau cruzamento de Roberto Carlos, mas quando chegou tornou-se magnífico. o meu gesto acontece uma vez na vida. Tentei repeti-lo em alguns anúncios publicitários mas nunca saiu bem. Nunca o fiz dessa forma»
Ir para o Real Madrid
«Tinha acabado de fazer 29 anos, mas faltava-me isso: o Real Madrid. Precisava dele para impulsionar a minha carreira, precisava desse novo desafio. Eu tinha-o na minha cabeça e o Florentino também»
O guardanapo
«Estávamos numa grande mesa no Mónaco num jantar de gala e o Florentino entregou-me uma mensagem que dizia: “Queres vir?” E eu respondi num guardanapo de papel: “Sim”. Ainda me pergunto porque é que respondi em inglês»
A escolha do número 5
«Em Madrid, Florentino diz-me que o único que está livre é o número 5 e eu respondo que não há problema. Esse número deu-me muito. passei cinco anos na Juve, cinco no Real. Há coisas incríveis com esse número na minha vida. Participei em cinco títulos da Liga dos Campeões ganhos pelo Real. Quando vou para um hotel, se estou no quinto andar, ganho. Há coisas especiais»

Viver com(o) galácticos
«Ajuda ter passado pelo que estão a passar, mas acima de tudo, não se deve querer ser mais do que eles. Não os deves irritar. Eu não tenho ego. Já vivi situações com muitos treinadores ou jogadores que queriam ser mais do que os outros»
A cabeçada em Materazzi e o futuro na seleção de França
«Não foi o nosso melhor jogo, especialmente o meu, mas é assim que as coisas são. O que aconteceu aconteceu. Naquele dia a minha mãe estava muito cansada. Ela falava ao telefone com a minha irmã várias vezes ao dia. Eu sabia que a minha mãe não estava bem, mas também não era muito grave, mas estava preocupada. Materazzi disse não ter falado da minha mãe, e isso é verdade. Mas ele insultou a minha irmã, que estava com a minha mãe na altura? Outras vezes insultam-nos e nada acontece, mas nesse dia eu estava mais frágil e o que aconteceu aconteceu. tive de aceitar, não estou orgulhoso, mas faz parte da minha viagem, esta é a minha carreira, a história da minha vida. É por isso que eu digo que a seleção francesa não está acabada. De alguma forma, não quero acabar assim. Ainda não acabou»

As 3 Chapions (e a melhor)
“Ganhar a Liga dos Campeões nunca é sorte. É um trabalho, especialmente se ganhar três vezes seguidas. Trabalhei como um louco. Os meus jogadores acreditaram em mim e eu acreditei neles. Quando ganho, não fico surpreendido porque dei tudo. a que ganhámos contra a Juventus foi o jogo mais completo. Além disso, foi a Juve, com quem nunca tinha ganhado a Liga dos Campeões como jogador»