Dois irmãos, o mesmo apelido (neste caso Williams), duas seleções.

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A história não é nova.

Aconteceu no Mundial de 2014 no Brasil com a família Boateng e no Euro 2016 com os Xhaka.

Agora é a vez dos Williams.

 

OS QUE FICARAM DE FORA DO MUNDIAL

Olá para uns, adeus para outros | foto: Pedro Fiuza IMAGO

 

Jerome e Kevin-Prince

Pela primeira vez num Mundial, dois irmãos (do lado paterno) participaram numa fase final por países diferentes: Jerome pela Alemanha e Kevin-Prince com o Gana.

O destino reuniu-os em Fortaleza no dia 21 de Junho há 8 anos: e para ninguém ficar chateado a coisa ficou 2-2.

Jerome Boateng e Kevin-Prince Boateng frente-a-frente durante o Mundial de 2014 | foto: IMAGO

 

Os irmãos Xhaka no Europeu

Os irmãos Xhaka também passaram pelo mesmo no Euro 2016.

Foi também a primeira vez que dois irmãos se defrontaram num encontro de uma fase final de um Campeonato da Europa.

Taulant entrou em campo pela Albânia e Granit pela Suíça: os dois titulares no jogo da primeira jornada do Grupo A do Euro 2016, em Lens.

Taulant e Granit são filhos de pais kosovares-albaneses, nasceram ambos em Basileia, na Suíça, e ambos representaram a seleção helvética nos escalões de formação, tendo Taulant, o mais velho, , optado pela nacionalidade albanesa, enquanto Granit, dois anos mais novo, optado pela suíça.

Os irmãos Xhaka lutam pela bola no Euro 2018 | foto: IMAGO

 

Williams como os Boateng

Agora no Qatar a história repete-se e novamente com o Gana: dois irmãos, Iñaki e Nico Williams vão competir por seleções diferentes.

Iñaki com a camisola do Gana e Nico com a da Espanha.

O Gana só se estreou nos Mundiais em 2006, na Alemanha, mas desde aí só falhou a presença uma vez (na Rússia há quatro anos).

 

O que se passa com o Gana?

Os ganeses chegam ao Qatar com fama de serem uma das potências do futebol da África.

O CV confirma esse estatuto: são os terceiros maiores vencedores da CAN (Taça Africana das Nações) com 4 troféus – foram outras 5  vezes vice-campeões.

Nada mau.

 

DATAS E HORAS DE TODOS OS JOGOS DO MUNDIAL 

 

Black Stars em mau momento

As Estrelas Negras têm tudo: currículo, presença e fome. Mas este ano não está de feição.

Foram eliminados da CAN deste ano logo na fase de grupos (é a primeira vez desde 2006 que acontece).

Duas derrotas e um empate ditaram o fim prematuro dos Black Stars na prova, últimos num grupo com Marrocos, Gabão e Comores.

 

Gyan e aquele penálti falhado em 2010 aos 120 minutos

 

Rua com o treinador

A fraca campanha no torneio levou a federação a demitir o selecionador Milovan Rajevac. E chamar o antigo médio alemão-ganês Otto Addo, de 47 anos (atuou no Mundial de 2006 pelo Gana).

Sem desculpas, Otto Addo pegou na equipa e qualificou-a para o Mundial graças a dois empates com a Nigéria: 0-0 e 1-1 bastou para os ganeses ganharem a viagem.

 

12 jogos, 2 vitórias

2022 tem sido para equecer: duas vitórias em 12 jogos da CAN, a qualificação para a edição de 2023 e os particulares.

Vitórias somente ante Madagáscar e um amigável com a Nicarágua. Mau demais.

 

Jogadores “europeus”

O lado positivo é que Addo conta com jogadores experientes e a atuar nos melhores campeonatos da Europa, alguns na Premier League.

Exemplos do lateral direito Tariq Lamptey, do Brighton, o centro-campista Thomas Partey, do Arsenal, o defesa Mohammed Salisu, do Southampton, e o avançado Jordan Ayew, do Crystal Palace.

 

Repetir 2010

Num regresso a um Mundia, depois de terem falhado a presença na Rússia há quatro anos, o Gana quer pelo menos repetir a execelente campanha de 2010.

Na prova da África do Sul (a primeira a ser realizada em solo africano) o Gana não fez por menos e tornou-se a terceira do continente africano a chegar aos quartos-de-final.

O Gana não foi às meias-finais por causa do penálti falhado aos 120 minutos por Gyan – o tal que eliminaria o Uruguai e colocaria os ganeses a um passo da final

Mas chegar aos quartos já é só por si um feito: em África apenas os Camarões em 1990 e o Senegal em 2002 o conseguiram.