Estamos a menos de dois meses do arranque dos playoffs da NBA, época 2020/21.

Dia 22 de maio é a data que temos de guardar, estando o fim da fase regular marcada para 16 de maio e os jogos de repescagem para os playoffs, o chamado Play-In Tournament, vai unir as equipas classificadas entre o sétimo e décimo posto em cada conferência.

No fundo, dois lugares para quatro equipas de cada lado.

 

Neste momento, a Oeste, são

  • San Antonio Spurs
  • Dallas Mavericks
  • Memphis Grizzlies
  • e Golden State Warriors
    (ocupam esses lugares)

A Este ocupam as cadeiras os

  • Boston Celtics
  • Miami Heat
  • Indiana Pacers
  • e os Chicago Bulls

Mas como se costuma dizer, ainda a procissão vai no adro e esta procissão, pelo caminho, fez uns quantos devotos trocar de camisola, isto é, reconfigurou a sua formação, deslocou elementos que podem fazer do trajecto até à Igreja ou ao Pelourinho um traçado atribulado, pode ser que ainda muita chuva caia ou muitos atalhos se prenunciem.

 

Falamos mais especificamente das movimentações entre equipas, que fizeram muitos rosters ganhar novos rostos.

O prazo para as ditas trades terminou no final da semana passada e alguns dos jogadores trocados até já se estrearam pelas novas equipas.

Embora a grande festa tenha decorrido principalmente durante quinta-feira, já antes se haviam atirado foguetes.

 

A 19 de março, os Milwaukee Bucks, terceiros classificados a Este, adquiriram o homem do triplo na linha final, o bom defesor, P.J. Tucker aos Houston Rockets — pelo meio também levaram Rodions Kurucs; uma pick swap de segunda ronda do draft 2021; e uma pick de primeira ronda do draft 2022 — trocado D.J. Augustin, D.J. Wilson, uma pick swap de primeira ronda para 2021 e pick de primeira ronda do draft de 2023.

 

Mas quando as coisas aqueceram mesmo foi no início da tarde de quinta-feira.

Sem aviso prévio, os Orlando Magic decidiram largar tudo, numa opção que não tem grande explicação.

Trocaram o seu melhor jogador e um dos melhores postes da liga, Nikola Vucevic, mais Al-Farouq Aminu, por Wendell Carter Jr., Otto Porter Jr., e duas futuras picks de primeira-ronda.

 

Valerá assim tanto a pena?

O resultado, para os Bulls, é delicioso.

Juntam Vucevic a Zach Lavine e tornam ainda mais possível a chegada aos playoffs, que já estava em perspectiva.

 

Logo de seguida, os Portland Trail Blazers trocaram Gary Trent Jr. e Rodney Hood, dois shooters interessantes — sobretudo se pensarmos que Trent Jr. era quase sempre titular da equipa de Terry Stotts —, por Normal Powell, outro atirador que estava a fazer uma temporada bastante interessante nos Toronto Raptors. Também aqui, os Blazers, que já ocupam o sexto lugar a Oeste e a quem dificilmente os playoffs escaparão, parecem ter saído fortalecidos.

 

Os Miami Heat foram outra das equipas mais atrevidas do fecho de mercado.

Foram aos Sacramento Kings recrutar Nemanja Bjelica por Moe Harkless e Chris Silva.

Uma boa adição depois da saída de Kelly Olynyk para os Housten Rockets.

O canadiano, juntamente com Avery Bradley e uma pick swap do draft de 2022, foram a moeda de troca para o veterano Victor Oladipo rumar para os Heat, onde fará companhia a Jimmy Butler.

 

Evan Fournier também deixou os Orlando em direcção aos Celtics, por duas futuras picks de segunda-ronda, Rajon Rondo rumou aos Clippers por troca por Lou Williams mais duas picks de segunda-ronda (2023 e 2027) e na outra grande troca Daniel Theis, Javonte Green e Troy Brown Jr. rumaram a Chicago, Luke Kornet e Moe Wagner saem de Washington para Boston, e para Washington rumam Daniel Gafford e Chandler Hutchison.

 

Resumindo e baralhando, vejamos o que nos reservam os próximos dois meses de basquetebol em terreno norte-americano, sabendo que a Oeste parece certo que do primeiro ao sexto lugar — Jazz, Suns, Clippers, Lakers, Nuggets, Blazers — já ninguém tem os playoffs em risco.

A Este não se pode dizer o mesmo, além de 76ers, Nets e Bucks, destacados na frente, ninguém pode jurar que tem o lugar garantido.

A hora mudou, e a temperatura está a aquecer. É esperar para ver. Entretanto, há muito para ver.

Já hoje: