Agora que já nos resolvemos quanto à eliminação de Portugal do Euro, nem que seja porque os franceses também foram de vela e, por isso, custa sempre menos, logo podemos focar-nos no campeonato português.
É que, não sei se reparou, caro leitor, mas o mercado aqui do nosso burgo já mexe. E muito.
A verdade é que as equipas começam agora a regressar aos relvados para as respectivas pré-épocas, apresentam os novos equipamentos, matam saudades, tiram fotografias, tiram fotografias a fazer os testes de saúde, tiram fotografias a fazer os testes de saúde para depois meter no Instagram. Portanto, vamos dar um olhinho pelo que se anda a fazer.
E há novidades, pois claro.
Pinho e Gil Dias
Comecemos pelo Benfica, que anda a organizar o seu plantel e a sua estrutura.
Depois da contratação de Rui Pedro Brás, o clube da Luz parece querer despachar jogadores à velocidade que o antigo comentador da TVI anunciava aos jogadores que, de facto, não iam parar ao Benfica.
Jorge Jesus lá mandou embora Pedrinho para o Shakhtar Donestk e Cervi para o Celta de Vigo.
O selecionador olímpico do Brasil, André Jardine, veio dizer que o brasileiro sofreu muito nas águias. Mas fora de campo.
Conta apenas com um jogo nas pernas.
Quanto a Cervi a história é diferente. O argentino fez alguns jogos e está desde 2017 na Luz mas não se impôs. Chegou a prometer mas puff, não se fez chocapic. Já estava na hora de sair.
Agora é esperar que o Arsenal venha mesmo buscar o Nuno Tavares, dar um boost de confiança às recentes contratações (Rodrigo Pinho e Gil Dias) e “arrasar”.
Se não foi o ano passado, será certamente este. Com ou mais 100 milhões de euros.
Ninguém sai?
Olhando para o Sporting, o atual campeão em título (ainda é estranho escrever isto) parece não estar a começar com o pé direito.
Todos os dossiers que tinha para resolver, não resolve.
Dizem os jornais que esta é a semana decisiva para Nuno Mendes que não calçou no Europeu.
E que Pedro Gonçalves está pronto para renovar, não tendo também pisado os relvados das 11 cidades da competição.
Nomes como Rúben Vinagre e Ugarte continuam a não ser fechados, ainda que estejam próximos disso.
Rúben Amorim não deve querer muitos reforços, mas sem saber quem sai, fica mais difícil gerir a próxima época.
Até porque há Liga dos Campeões.
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V de Vitinha
Quanto ao FC Porto, Costinha está de volta.
Ah, não, espere. O antigo médido dos dragões está, afinal, de volta, mais uma vez, ao Nacional. Enfim.
Mas a maior novidade para Sérgio Conceição – ele próprio também uma surpresa, porque resolveu ficar – é Vitinha.
O Wolves pode não exercer o pagamento da cláusula de 20 milhões de euros, ou seja, pode regressar aos azuis e brancos.
Não tendo jogado muito em Inglaterra, o mais provável é que volte. E pode não ser mau.
Até porque Otávio parece estar de saída (Liverpool?).
Podem ser diferentes, sim, mas é mais uma opção para o técnico português.
O que interessa é que o FC Porto quer voltar à ribalta, falta saber com que plantel.
Jesualdo aos quadrados
Fica a faltar uma menção honrosa para a saída de Jesualdo Ferreira do Boavista.
Evitou a descida e tinha mais um ano de contrato. Não foi suficiente.
Vai para o seu lugar João Pedro Sousa, técnico que prometia muito no Famalicão (olá Jorge Mendes) mas sofreu aqui uma despromoção, diga-se.
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E claro, o regresso de Paulo Oliveira ao futebol português.
O central ex-Sporting e ex- Vitória de Guimarães foi parar ao SC Braga.
Com 29 anos ainda vai a tempo de chegar à seleção, com a iminente saída de Pepe.
Iminente, é como quem diz. E chegar à seleção também.