Aos 40 anos, o argentino vai dizer adeus aos relvados.
Foi no FC Porto que se tornou ainda mais comandante (seis épocas e meia, em períodos diferentes, dez títulos, seis campeonatos), terminando a carreira no Brasil, ao serviço do Atlético Paranaense, onde também já tinha estado.
Curioso é revisitar o que dizia há pouco tempo: até jogava de graça nos dragões ou aceitava mesmo um cargo como treinador.
https://twitter.com/d20fernandes/status/1398160597083168770
Mas, ao que se sabe, segundo o clube brasileiro, vai permanecer do outro lado do Atlântico, na estrutura técnica.
É esperar por ver o que diz Pinto da Costa.
https://twitter.com/OficialSala12/status/1398072637834903553
A carreira começou em 1998/1999 no Huracán, no país que o viu nascer, seguidno para o River Plate (onde voltaria mais tarde) em 2002.
Três anos depois já estava em Portugal, tornando-se num dos capitães mais amados do emblema azul e branco.
A experiência no Marselha a seguir (por 18 milhões de euros), não correu tão bem, ficando só dois anos.
Partiu depois para o Catar (Al-Rayyan) e voltaria a casa para regressar ao River Plate.
#GraciasLucho ❤️🖤 pic.twitter.com/7NI1Xmt3PO
— Athletico Paranaense (@AthleticoPR) May 28, 2021
Tem uma tatuagem do Maradona – mas confessou que não queria que o ídolo a visse.
No início, nem gostava da alcunha “El Comandante”, mas depois de mais de 230 jogos pelos dragões e 61 golos, talvez tenha mudado de ideias.
«Após ter marcado um golo, comecei a fazer aquele gesto à procura dos meus filhos na bancada e os jornalistas optaram por me chamar ‘El Comandante’. Os adeptos fizeram uma bandeira e, depois de eu marcar, a televisão passou as imagens disso. O Riquelme viu as imagens e também começou a gozar comigo. A partir daí, ficou mesmo, até na Argentina. Os jornalistas também continuaram a chamar-me assim, mas confesso que não gosto muito», disse Lucho À ESPN em 2013
E assim foi.
No início, meio e até no fim. Vale a pena também recordar que quando Lucho voltou em 2011/2012, ajudou o FC Porto (e Vitor Pereira) a revalidar o título de campeão nacional.
Depois da conceder entrevista, Lucho voltou ao gramado do nosso Caldeirão, praticamente no escuro. Ali, ficou sozinho, por vários minutos… #LuchoDay #GraciasLucho pic.twitter.com/Kx9ea4MoNT
— Athletico Paranaense (@AthleticoPR) May 28, 2021
A sua atitude em campo como homem – é difícil recordarmo-nos de um episódio menos elegante do argentino – e como jogador – outra elegância, mas daquelas que fazem levantar o estádio – fazem com que seja dos jogadores que mais saudades deixa em Portugal no século XXI.
Só não deu certo na seleção: pouco mais de 40 jogos pela Argentina.
O resumo da noite! 🌪️#LuchoDay #CAPxAUC
— Athletico Paranaense (@AthleticoPR) May 28, 2021
Mas também com Messi ao leme, quem é que se destacou nos últimos anos?
Além disso, o país pouco ou nada tem feito em grandes competições mundiais.
E o amor pelo país e pelo clube é que o fez regressar: podia ter ido para Itália ou para Inglaterra, mas queria voltar à Invicta.
“Tornei-me portista pelo carinho que os adeptos me deram desde que cheguei. Quando sai da Argentina, tive a possibilidade de ir para Espanha, uma das Ligas que mais gostei. Falaram-me bem do FC Porto, do clube e da cidade, e decidir vir. Sem demonstrar nada, fui tratado como um rei”, disse, citado pelo MaisFutebol em abril de 2020.
Quando os dragões foram eliminados pelo Málaga na Liga dos Campeões há 8 anos, Lucho chorou que nem uma criança no autocarro.
Agora, são os adeptos que choram.
*Artigo original publicado a 21 de março. Atualizado com a formalização da despedida do jogador