O defesa do Real Madrid, Sérgio Ramos, já é o europeu com mais jogos ao serviço das seleções: 177.

Para muitos, especialmente aqueles que ficam com cabelos brancos cada vez que Ramos falha um penálti – ou que se transforma em patinho feio durante um jogo, como no último embate diante da Suíça -, este dado é uma fatalidade.

Para outros, talvez agora para os parisienses (por causa do interesse do PSG em comprá-lo), é um feito inédito.

Espanha 2,25 vs Alemanha 2,95

 

Finalmente, para um dos miúdos e jovens promessas que estão a ser convocados por Luís Enrique nesta Liga das Nações, é um recorde de meter respeito. E é precisamente de alguns desses miúdos que vamos falar: os que vão defrontar a Alemanha, que também já tem ali talento para dar e vender.

Já nem vale a pena referir Ansu Fati, estrela em ascensão no Barcelona de Koeman, porque o rapaz só tem 17 anos.

 

Comecemos então mais atrás, ao lado dos parceiros de Ramos na seleção espanhola: Pau Torres.

 

 

O Villarreal, clube onde joga (e quase sempre jogou) e que renovou contrato, pediu, este ano, cerca de 65 milhões de euros para o deixar sair, já que Manchester United e Manchester City se mostraram muito interessados na sua contratação.

Aqueles 1,92 metros quase que poderiam ter visto a carreira terminar, depois de uma lesão grave na tíbia quando era mais jovem.

Ainda vive com os pais e irmão no auge dos seus 23 anos, chegando a fazer uma perninhas longa (40 jogos) no Málaga, por empréstimo em 2018/19, mas logo voltou ao clube do coração.

 

Desta catrefada de talentos podiamos fica aqui uma tarde: Mikel Merino, Mikel Oyarzabal, Fabián Ruiz e tantos outros.

Mas vamo-nos concentrar em Ferrán Torres que, com 20 anos, já anda pelo City, levando 10 jogos e 4 golos nesta temporada, depois de ter sido raptado do Valência, onde começou a carreira desde os juniores.

 

 

Esta saída de Espanha foi até bastante polémica, depois de uma entrevista dura ao jornal Marca onde Torres ferran os dentes ao clube espanhol, até ao capitão, Dani Parejo.

Por agora, anda a espalhar magia em Inglaterra (e a aprender inglês) patrocinado por Pep Guardiola, treinador exigente, mas que não tem de se preocupar: Ferrán é , para além de uma avançado em ascensão, um homem muito maduro para a idade que tem. Pelo menos é nisso em que acredita. A ver se se comprova.

Este jogo com a Alemanha, que é decisivo para ver quem salta para a final four onde Portugal já não calça.

Pois, em relação aos alemães, é muito difícil perceber por onde começar: Timo Werner, Serge Gnabry, Leroy Sané ou Julian Brandt.

Têm todos menos de 30 anos mas já parecem jogadores feitos há décadas.

Por isso, vamos congeminar todo este talento em Robin Koch, defesa de 24 anos, que anda pelo Leeds United e já leva seis internacionalizações.

 

 

É pouco, sim, mas para uma seleção com um calibre destes, já é qualquer coisa.

Começou no SV Eintracht Trier 05, andou pelo Kaiserslautern, da segunda divisão, foi ganhando cada vez mais ritmo, saltando para o SC Freiburg, para depois, na presente temporada, aterrar no recém promovido Leeds United, que regressou à Premier League 16 anos, treinado pelo incomparável Marcelo Bielsa.

 

Esteve sondado para ir para o Benfica e percebe-se porquê: defesa versátil que até pode jogar a médio e estava em final de contrato.

Mas Lisboa não o seduziu o suficiente, nem o português de Jorge Jesus. É pena. Podia ter ficando na Bundesliga, mas ficou fascinado com Bielsa e com o documentário sobre o clube (“Take us home”) – e com Timo Werner ou Kai Havertz a rumarem para terras de sua majestade, ficou difícil dizer que não.

 

 

Tem também lá um ex colega, Mateusz Klich, o que irá certamente facilitar o convívio.

O selecionador Joachim Low deu-lhe a oportunidade de entrar em campo diante da Ucrânia (vitória por 3-1), fará o mesmo diante dos espanhóis?