Neste Camarote já mostrámos que adoramos histórias de superação, daquelas de levar às lágrimas.
Mas também apreciamos um certo tom trágico que acaba por afetar a vida de dezenas de artistas do desporto por esse mundo fora.
Keeler, colega de Phelps e apoiante de Trump
Klete Keller, antigo medalhado olímpico norte-americano em natação, foi considerado culpado nos ataques ao Capitólio que aconteceram no início deste ano.
Portanto, foi apanhado num frame de um vídeo gravado durante a invasão, logo ele que está treinado (aliás, mais do que treinado) a fugir da multidão só para chegar à meta mais depressa.
É triste mas ao mesmo tempo percebe-se.
O antigo colega de Michael Phelps foi sem-abrigo, tornou-se apoiante de Donald Trump e agora pode acabar atrás das grades.
Vidas difíceis.
Estava como peixe fora da sua água.
Alan Camsell, um avô na baliza
E como o leitor bem sabe, além de tragédias, gostamos de pessoal da terceira idade.
Há um guarda-redes do País de Gales com 88 anos.
Llandudno goalkeeper Alan Camsell still playing at 88 – BBC News 👏🏻👏🏻👏🏻✔️ https://t.co/R5IdcfU1Hs
— Sharron Davies MBE (@sharrond62) September 28, 2021
Alan Camsell joga pelo Penrhyn Bay Stollers FC. Joga com os netos e com antigos colegas de equipa.
Começou aos 40 anos de idade.
Ronaldo quê?
Pacquiao a presidente
E já agora, numa semana em que muito se falou de política, falemos de Manny Pacquiao, que diz que se vai reformar para se focar na carreira política.
É senador nas Filipinas e quer concorrer à presidência em 2022.
I boldly accept the challenge of running as PRESIDENT of the Philippines. We need progress. We need to win against poverty. We need government to serve our people with integrity, compassion and transparency. The time is now. I am ready to rise to the challenge of leadership. 🇵🇭 pic.twitter.com/suN1zFTxyW
— Manny Pacquiao (@MannyPacquiao) September 19, 2021
“O boxe deu-me a oportunidade de lutar para fugir à pobreza”, disse, citado pela BBC.
Muito bem.
Sai com 62 vitórias, oito derrotas e 2 empates.
Mas este último resultado não pode acontecer nas eleições.
Já tivemos um presidente comediante na Ucrânia, um mais palhacito lá para os EUA e agora teremos um presidente-pugilista.
Põe-te a pau, Marcelo, não te metas com selfies nas Filipinas. Ainda te arriscas a levar um banano…
A frase da semana
«A vitória não é histórica. Para mim, histórico é ganhar um título»
Jorge Jesus, senhor e rei do jogo de ontem do Benfica diante do Barcelona. 3-0, puff, puff, pólvora seca, toma lá disto. Qualquer adepto português não pode ficar indiferente. E isto não é nenhum episódio de nacionalismos. É que vitórias valem pontos na UEFA, milhões para as equipas e mais não sei o quê. E depois da derrota (com estrondo) do FC Porto e da derrota (com menos estrondo) do Sporting, convinha as águias salvarem as honras. E salvaram.
A sugestão da semana:
Todos precisamos de serenidade na nossa vida.
Agora que o mundo começa a retomar a sua normalidade – e os estádios a permitir máxima lotação – vamos sugerir um documentário para irmos com calma.
“Being Serena” da HBO.
Chegou lá sozinho?
Boa, não precisamos de explicar.
Este é uma série documental de 2018 que segue a vida da g-r-a-n-d-e tenista que é a Serena Williams.
Mais: parece que a Amazon já está a tentar fazer um novo documentário sobre a tenista norte-americana que venceu 23 títulos de Grand Slam.
Ou seja, a sugestão desta semana é um dois em um, break point para o leitor.