Xavi está de regresso à Catalunha, desta feita para orientar a equipa do Barcelona, mergulhada em profunda crise.
Mas terá Xavi capacidade para inverter o rumo que leva a equipa “culé”?
Haverá condições para um jogo diferente, que entronque na mística de jogo catalão?
O Al-Sadd de Xavi
No Qatar, o Al-Sadd partia de um sistema com três centrais, dois laterais capazes de fazer todo o corredor, e o trio da frente contava com a particularidade de Santi Carzola se apresentar como “dez” nas costas de dois avançados
«A velocidade do cérebro é mais importante que a das pernas»
ADN Barcelona
No Qatar Xavi terá se adaptado a uma realidade de menor qualidade.
Foi forçado a ir ao encontro do nível das individualidades ao seu dispor, e terá também forçosamente adquirido experiências, competências e mais valias que transportará para a Catalunha.
Contudo, não se espera a mesma adaptação em Barcelona, onde o nível individual sem ser o de outrora, continua a ser tremendo. Em potencial, então. Quase infinito.
«O Barcelona é o exame final para um futebolista, É o clube mais difícil e mais exigente do mundo. Eu não ganho prémios, eu construo-os»
Venha de lá o regresso do 4x3x3, o regresso do nível de Sergio e Piqué.
A falácia da falta de qualidade
É notório que este Barcelona terá bastante mais qualidade em 3 anos do que na atualidade.
Pedri, Gavi, Ansu Fati, Eric Garcia são jovens em franco crescimento e cujo rendimento se exponenciará.
Porém, há nos dias de hoje, talento suficiente para bastante melhor! Há traços e características nas individualidades para resgatar um jogo apaixonante de domínio intenso.
Quem consegue roubar a bola a Busquets, De Jong, Pedri e Gavi?
Equipa com bola
A dinâmica de Equipa não se constrói num piscar de olhos, mas a chegada de Xavi a Barcelona promete:
- resgatar o ADN de uma equipa que se assume com bola
- que se instala no meio campo ofensivo
- que terá em Pedri e De Jong a rotação e andamento necessário a uma Transição Defensiva agressiva, marca do jogo catalão
Para ter bola, o trabalho sem bola.
Para soltar o talento e o jogo de toque, a viagem que terá de ser conjunta e o pressing na perda que permita não ter de voltar 40 metros para trás a cada mudança da posse, mas antes que garanta recuperação rápida e regresso do jogo à matriz de Ataque Posicional.
Mal podemos esperar, Xavi.